quarta-feira, 28 de março de 2012

Pais e filhos... e questionários.


Eu quero compartilhar o que reparei ao responder o questionário da última postagem.Minhas respostas foram mais pra longos depoimentos do que para simples respostas de um questionário. Eu definitivamente desabafei em algumas das respostas. Algumas delas são realmente complicadas de responder, porque tem coisas que você não gostaria de ter admitido nem pra si mesmo.

Enfim, depois de todo o drama de respondê-las, e as li, e as li de novo, e as li mais uma vez, para ter certeza de tudo o que eu havia escrito. Pra ver se eu ainda sentia tudo aquilo como verdade.

Eu mencionei algumas pessoas em minhas respostas, e elas se repetiram em muitos dos depoimentos e foi ai que eu notei para quê servia o questionário.

Para se conhecer, é claro! Entretanto não apenas isso.

O questionário ajuda a você perceber as pessoas com quem VOCÊ se importa.

Porque em nossa vidinha medíocre (como diria meu mestre Jeam Pierre), nós nos preocupamos mais em descobrir quem se importa conosco. Nós temos em algum lugar de nosso cérebro gravado a seguinte instrução: Eu só respeitarei quem me respeitar, eu sou vou me dedicar a quem se dedicar a mim, eu só irei amar quem me merecer.

Nós já vivemos num mundo capitalista, e levamos o estilo capitalista até para nossos aspectos íntimos. Parece que temos medo de sermos explorados, como se isso fosse algo ruim. Precisamos ter a certeza de que nossas amizades, ou nossos relacionamentos nos trarão algo benéfico. É egoísmo elevado a potência máxima.

Mas é claro, que sempre haverá aqueles que não nos compreendem como gostaríamos, ou que não nos valorizam como deviam e que muitas vezes não reconhecem nossos esforços. Nós esquecemos que nem todo mundo se expressa de maneira igual, nem todo mundo sente de maneira igual, e esse é nosso maior equívoco. A gente acaba concluindo que aquele que não sente como nós, não sente nada.

Nós estamos sempre atrás de reconhecimento, mas poucas vezes paramos para reconhecer os outros. Nessa busca ridícula por lucro e satisfação pessoal, nós acabamos afastando aquelas pessoas que ‘nos fazem mal’, que não nos compreendem ou que não nos reconhecem. Não nos damos conta que estamos nos privando de uma experiência incrível, que é a experiência do ‘amor incondicional’.

Nós guardamos o nosso amor para a tão sonhada pessoa merecedora do nosso amor, como se o amor fosse algo limitado, que fosse se esgotar rapidamente. E de fato, às vezes parece que ele acaba, mas na verdade ele está apenas sendo racionado.

O que chamamos de nosso amor, é na verdade nosso tempo e dedicação. Coisas que controlamos racionalmente, e dividimos com quem nosso cérebro julga merecedor. E nessa busca de encontrar o merecedor, esquecemos que TODOS, absolutamente TODOS nesse mundo merecem O amor. E O amor, não é algo que possa ser chamado de MEU, SEU ou NOSSO. O amor, é algo que vêm de nós, mas não nos pertence.

Por isso queridos amigos, o meu conselho é de que vocês amem. Independente se as pessoas que vocês amam os entendem ou não, os valorizam ou não. O amor incondicional é a lição mais valiosa que se pode aprender e adquirir, mas como não vemos o valor dele estipulado num catálogo, nem vemos algo palpável como retorno, esquecemos-nos de sua importância.

Eu espero que todos vocês aprendam ‘a amar como se não houvesse amanhã’, porque esse sim é o amor verdadeiro.



Observação escrota: Na minha opinião, o fato do heroi voltar pra salvar o bandido, só se explica pelo amor incondicional. Entendeu o porquê da imagem agora?

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