Amor!
E quando digo ‘amor’
E quando digo ‘amor’
Refiro-me ao
sentimento
Não à pessoa
Amor!
Largue-me
Largue-me
Deixe-me respirar
Estou sem forças
para lutar
Pois tu foste meu guia
Pois tu foste meu guia
E agora me mata
depois de me usar
Amor!
Confiei no teu aconchego
Tua paz e felicidade
Tua paz e felicidade
Que com muita
maldade
Instalou-se sagaz
em mim
Amor!
Deste-me dias de
ouro
Que hoje são maus
agouros
Que rezo para
esquecer
Eu Sei!
Fui eu quem te
chamei
Ardentemente te
busquei
Quanto a dor? Até imaginei
Quanto a dor? Até imaginei
Mas não aquento o
seu poder
Amor!
Largue-me!
Largue-me!
E me deixe seguir
em frente
Não quero me sentir
doente
Por não conseguir
te manter
Amor!
Como és adorado!
Como és falado!
Contado e cantado
Como és adorado!
Como és falado!
Contado e cantado
Mas poucos se
dispõem a te ouvir
Eu ouço seu choro
Você pede que eu
fique
Você grita: “Arrisque!”
e,
“Deixe-me viver em
você”
Amor!
Você se espalha em
meu peito
E me pedes com
jeito
Para eu não partir
Não sei se te
aguento
Eu não sei se te
aguento!
Não sei se sou
forte a sua altura
Pois a liberdade
que me ofereces
É a de transitar
Numa sala de
tortura
Despeja-me a
verdade nua e crua
E, depois das
ilusões que me deste
Sou quase levada à
loucura
Ah Amor!
É o único demônio
meu
Porque me pedes
para ser boa
Mas em seu nome
cometi crimes
Em seu nome,
desonro o meu
Psicopata!
Cujas pobres vítimas mata
Cujas pobres vítimas mata
E ainda as deixa
viver
Ai amor!
Não tenho muita escolha
Não tenho muita escolha
Ou morre eu
Ou morre você
feito em: 20/11/2011